O encontro de formação para homiliastas aconteceu no salão paroquial com 70 participantes e foi importante a discussão sobre a postura do pregador, o modo de preparar a reflexão da Palavra, o modelo de Jesus Cristo a ser seguido: estudo, oração, preparação, simplicidade, objetividade.
Segundo padre Ronaldo, o tempo usado é de no máximo 10 minutos para a homilia, com olhar para as três ou quatro leituras do dia e fazendo uma conexão entre elas e trazendo-as para a realidade. Sempre com muito cuidado para não fazer deste momento uma exposição das próprias ideias para dar chicotadas, amarrar "carapuças", fazer julgamentos de pessoas e ações.
A homilia é para exaltar a Palavra de Deus e o que Ele quer que façamos no contexto atual que vivemos. Uma reflexão que vise aumentar a esperança, a fé, a alegria de quem a ouve. A pedagogia de Cristo é a da esperança. Mesmo que tudo pareça desmonorar, mesmo que vivenciamos desvalores nas famílias e na sociedade a visão do cristão deve ser positiva em busca de novos rumos e ter fé naquilo que fala.
A Palavra de Deus se bem interpretada aponta caminhos, soluções, a esperança, a fé, a paz. A preparação da homilia requer tempo, estudo e concentração. Vale ressaltar que a homilia é uma parte da liturgia, e no contexto geral todos os componentes da liturgia: leituristas, salmistas, cantores e outros devem se preparar bem para aquilo que vão fazer. Lembrando que os fieis estão ali para participar de toda a celebração e não apenas da homilia. Portanto, o cuidado na preparação é de igual forma para todos, pois a meta de todos é a divulgação da Palavra. E o que vai atingir aos que assistem dependerá das emoções de cada um, nas diferentes situações vividas pelos fieis. Tudo deve ser feito para aumentar a possibilidade de cada membro da Igreja viver a sua vida em plenitude. É este alimento que buscam na Palavra e na Eucaristia. Daí a responsabilidade dos padres, leigos na recepção e na correspondência à estas expectativas.
Por Sílvia Müller - PASCOM de Chalé