Peregrinação da cruz! em Chalé-MG

Por Agnel Martins Alves
Com imensa alegria que nossa paróquia recebe a cruz e o ícone de Nossa Senhora, que são os sinais de comunhão em nossa Diocese. Há vários anos, esses sinais da Jornada Mundial da Juventude-JMJ percorrem o mundo, em especial onde ocorre o encontro internacional a cada dois ou três anos. Veja histórico.
Este ano é a vez do Brasil. Como são muitas cidades, dioceses, paróquias e comunidades é quase impossível apenas um sinal percorrê-las todas. Por isso, a partir do dia 30 de setembro do ano passado, a nossa diocese enviou esta cruz e este ícone para percorrerem as 48 paróquias e que chega em Chalé no dia 19 de janeiro de 2013, próximo sábado.
Estes sinais mostram comunhão eclesial. Não somos uma igreja isolada. Dom Helder Câmara gostava de mencionar em seus discursos: “Sonho que se sonha só, é apenas um sonho; sonho que se sonha junto é realidade” (Cervantes, 1605).
Nós sonhamos com uma juventude viva e atuante, exuberante e cheia do Espírito Santo. Neste ano, a nossa igreja tem um olhar especial para a juventude. A Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro em Julho, é o ponto alto deste ano. Milhões de jovens estão se organizando para estarem presentes. É momento contagiante, cheio de energia positiva, onde se experimenta o amor de Deus de uma maneira sublime. Muitos sonham em ver de perto servidor maior da Igreja: papa Bento XVI.
Não se fala mais de juventude, mas, de juventudes, pois, não existe um único comportamento juvenil. Temos jovens que simpatizam com a PJ, outros se identificam com os grupos de oração e ministério jovem, outros participam das CEBs, outros se encontram nos grupos. Estamos num período de fragmentação, a pós modernidade. O certo é que o diferente faz a diferença. É muito bom ter o jovem na igreja e com a igreja. Muitos não são apenas um corpo presente, mas vivos e eficazes no processo de evangelização. “A igreja só será jovem, quando o jovem for igreja” (Papa João Paulo II).
A cruz é sinal de vida: “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mt 16, 24). Não existe flores sem espinhos, assim como não existe vida sem cruzes. Quem quer chegar precisa caminhar e quem caminha encontra obstáculos que não podem findar a caminhada. Cada dificuldade vencida fica-se mais forte. A cruz nos ajuda a viver uma vida austera, com a cabeça erguida. Na verdade, quem carrega o peso maior é Jesus: “eis que estarei convosco todos os dias” (Mt 28, 20).
Desde criança, se ouve que todos têm uma cruz, que não se pode cortá-la, senão na hora da passagem, ela ficará curta e será levada pela correnteza. Não se pode buscar uma vida muito fácil. Outra manifestação de fé é quando se prolonga o período de seca e muitos fiéis levam água e pedras e colocam aos ‘pés’ do cruzeiro em sinal de chuva imediata.
Junto da cruz, o ícone de Nossa Senhora. Uma mãe sempre está ao lado do filho. Maria disse seu sim e acolheu Jesus em sua vida. Desde o início, demonstrou carinho e amor para com ele. E quando Jesus foi crucificado, lá estava sua mãe para acolhê-lo nos braços. Maria é companheira de nossa caminhada. E nós caminhamos nas estradas de Jesus e ela vai conosco. Ela caminha com o filho e caminha com a igreja.
Que a peregrinação da cruz e do ícone de Nossa Senhora seja uma motivação a mais para as nossas juventudes e assim descubram sempre que são amados e queridos na igreja. É bom contar com a força, exuberância e alegria dessa gente.