Por Sílvia Müller
O 2º domingo da quaresma traz como reflexão central: "Este é meu filho amado!
O evangelho nos revela a transfiguração de Jesus. Podemos entendê-la como uma fonte de água no deserto. Como discípulos missionários de Jesus, nesta terra, na caminhada difícil de nossa santificação ouvimos várias vozes. E muitas vezes não escutamos a voz de Deus. Escutamos as vozes da fofoca, do diz que me diz. Falamos pelos cotovelos e não nos permitimos ouvir a voz de Deus.
É o Pai que nos fala de seu Filho, Jesus, nosso irmão, "este é meu Filho amado. Escutai o que Ele diz." E não ouvimos sua voz. A voz de Deus nos chamando à conversão. Nos deixamos levar pelo barulho do pecado, o barulho da violência, da falta de diálogo, do egoísmo, das vaidades, das desigualdades sociais. O barulho do mundo cercado pela escuridão do pecado.
Nesta quaresma vamos deixar o silêncio sagrado nos guiar para a santidade. O silêncio que nos permite ouvir a voz de Deus, ouvindo o outro, nos calando quando a nossa vontade é que as nossas ideias sejam dominantes. Fazendo a penitência da escuta, do silêncio e deixando Jesus se mostrar glorioso e, assim, nos incentivar a carregar as nossas cruzes da vida, afinal seremos nele todos transfigurados, um dia...
Meus irmãos e minhas irmãs façamos jejum, oração e caridade nesta quaresma. Isto sim, são maneiras de viver santamente a Quaresma e, ao mesmo tempo, vislumbrar nossa glorificação pascal em Cristo.
Peçamos misericórdia do Senhor. Peçamos mais fé do realmente temos. Jesus Cristo ao transfigurar-se no Monte Tabor, revelou ao mundo que a claridade da fé é capaz de unir Céus e a Terra. Que Deus é misericordioso, está sempre a nosso favor, e nada é capaz de atrapalhar os caminhos da pessoa de fé. Pense nisso!
(comentário inspirados na missa de hoje que assisti no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Uberlândia. E no semanário litúrgico Deus conosco)